Minerais

Mineração e seus resíduos

A mineração vem desenvolvendo importante papel no setor econômico brasileiro, há diversos séculos, apenas alterando o foco no produto extraído. De acordo com dados oficiais (IBRAM, 2014), apenas em 2013 a indústria de mineração brasileira exportou mais de 40 bilhões de dólares, ou seja, aproximadamente 1/6 de toda a exportação nacional, que foi superior à 240 bilhões de dólares.

Devido a grande importância para a economia do país, a indústria da mineração está espalhada por todo o território nacional, atuando em pelo menos 1500 cidades e envolvendo o mínimo de 160 mil trabalhadores diretos (Pereira Jr, 2011) e mais de 1,5 milhões de trabalhadores indiretos.

O principal produto extraído e comercializado no Brasil é o minério de ferro (390 milhões de toneladas) (IBRAM, 2012), seguido do calcário (100 milhões de toneladas) (Silva, 2009). No que se refere ao minério de ferro, o país é o segundo maior produtor mundial, ficando atrás apenas da Austrália. Já no território nacional, embora haja jazidas do minério por todo o país, os principais produtores deste minério são os Estados de MG (71%) e PA (26%), enquanto os outros Estados brasileiros produzam apenas 3% de toda a produção nacional (IBRAM, 2014).

A hematita é o principal minério de ferro encontrado no Brasil e sua exploração, para a indústria siderúrgica gera diversos resíduos líquidos, sólidos e lama.

Os resíduos líquidos da mineração podem surgir da água utilizada nas diferentes etapas de beneficiamento do minério e da formação de emulsões aquosas com origem nas diversas etapas de lavagem de pátios e equipamentos. Um dos principais problemas associados a esse resíduo é a contaminação de cursos de água e lençóis freáticos.

Os resíduos sólidos, principalmente arenosos, são obtidos em ordem de milhares de toneladas por dia, em apenas uma mineradora de grande porte. Como exemplo, para cada 1 tonelada de minério obtido, são geradas 1,5 tonelada de resíduo arenoso (da Silva et al., 2011).

O resíduo conhecido como lama, origina-se das etapas de fragmentação e concentração do minério e é composta por partículas finas e ultrafinas, gerando grandes quantidades de resíduo argiloso, que é armazenado em barragens. Embora a lama não esteja associada a contaminantes perigosos e que podem lixiviar, a manutenção da barragem de armazenamento é cara e complicada.

Para tentar resolver os problemas associados a esses tipos de resíduos, as mineradoras buscam diversos caminhos, tais como:

  • Formação e manutenção de grandes montanhas de resíduos sólidos, próximos aos pátios de extração;
  • Utilização de resíduos sólidos para soterramento de vales formados pela ação extrativista da mineração;
  • Uso de resíduos sólidos na construção civil, em substituição à areia e outros agregados;
  • Uso de resíduos sólidos como base para pavimentação;
  • Reprocessamento do resíduo sólido ou lama para extrair mais minério;
  • Uso de resíduos sólidos como substitutos de agregados em artefatos cimentícios ou cargas em materiais poliméricos;
  • Construção e manutenção de represas ou reservatórios para armazenar resíduos líquidos e lama;
  • Utilização da lama em diversas indústrias relacionadas à construção civil;
  • Secagem da lama e processamento do material para obter aditivos industriais.

Como é possível perceber, existem diversas formas de armazenar e consumir os vários resíduos oriundos da mineração, diminuindo um passivo ambiental.

Existem dezenas de empresas que prometem reciclar os resíduos da mineração ou dar novos usos ao material, mas os custos de logísticas ou de processamento podem tornar o processo inviável e desinteressante para a indústria mineradora. Já a Reso, com uma proposta diferençada de gestão dos resíduos, converte o material descartado (ou armazenado, pois não é de interesse principal da indústria da mineração) em novos produtos para aplicação em diversos setores da indústria, sem uso de produtos tóxicos ou processos complicados, do ponto de vista industrial e ambiental.

A proposta da Reso para o tratamento dos resíduos da mineração se adapta à custos baixos de logística, consumo de grandes quantidades de material e benefícios ambientais.

Para saber mais sobre nossos serviços, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em conversar com vocês.

Referências
da silva, A.P.M., Viana, J.P. e Cavalcante, A.L.B. Resíduos Sólidos da Atividade
de Mineração. Disponível em http://www.cidadessustentaveis.org.br/sites/
default/files/arquivos/11_residuos_solidos_da_mineracao.pdf. 2011.

Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira. Disponível em http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00004427.pdf e http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00000039.pdf, 2014.

Pereira Jr., S.S. Desenvolvimento de argamassa contendo resíduos arenosos de mineração e estudos de suas propriedades visando sua utilização. CDTN: Dissertação de mestrado. 2011.

Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira. Disponível em http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00002806.pdf. 2012.

Silva, J.O. Perfil do Calcário – Ministério de Minas e Energia. Disponível em
http://www.mme.gov.br/portalmme/opencms/sgm/galerias/arquivos/
plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P27_RT38_Perfil_do_Calcxrio.pdf, 2009.