A borracha já é utilizada há centenas de anos pelo homem, mas só a partir do final do século XIX, com o desenvolvimento do processo de vulcanização é que a borracha passou a ser amplamente utilizada. Acredita-se que a borracha vulcanizada é a forma mais comum de se utilizar borracha nos tempos contemporâneos. É estimado em dezenas de bilhões de toneladas, a cada ano, a produção de borracha vulcanizada, em todo o mundo, gerando resíduos também na ordem de bilhões de toneladas, a cada ano. Como a borracha vulcanizada é um polímero termorrígido, a sua reciclagem é complicada e praticamente inviável. E para piorar, a degradação natural da borracha vulcanizada pode demorar centenas ou milhares de anos. Dessa forma, a melhor maneira para resolver o problema da borracha vulcanizada e os problemas ambientais associados, é favorecer o reuso deste polímero. Algumas rotas para favorecer esse reuso da borracha vulcanizada são:

• Uso de carcaça dos artefatos para recuperação, tais como recapagem e remoldagem (aplicado principalmente à pneus de veículos pesados);

• Uso de pneus para construir barreiras em aterros sanitários;

• Uso de pneus para servir de base de formação de recifes de corais, em certas regiões do oceano;

• Uso como fonte de energia, através da queima (esse método pode emitir grandes quantidades de óxidos de enxofre na atmosfera, que são responsáveis pela geração de chuvas ácidas);

• Moagem e co-processamento do pó de borracha vulcanizada em asfaltos, artefatos de borracha e até mesmo, como substitutos de agregados em composições cimentícias;

• Desvulcanização, processo químico complexo que rompe as ligações dos átomos de enxofre, na estrutura da borracha, possibilitando o reuso da borracha.

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