Borracha vulcanizada, um polímero importante, mas de difícil descarte
A borracha é utilizada há diversos séculos por nativos do continente americano (principalmente, nativos da América Central e América do Sul), para a elaboração de bolas, garrafas e até mesmo botas. Mas foi apenas no início do século XIX, que os europeus começaram a usufruir dos benefícios oferecidos pela borracha, na forma de suspensório e ligas elásticas. Nesta época, a temperatura ambiente era suficiente para tornar o material mole e pegajoso, no caso de temperaturas elevadas ou rígidos e sem elasticidade, no caso de temperaturas baixas.
Esse problema foi solucionado de maneira acidental, por Charles Goodyear, que adicionou enxofre à borracha derretida. O novo produto obtido apresentava características superiores à borracha convencional, tais como resistência ao calor e ao frio sem perder a elasticidade e nenhuma reatividade química (propriedades termorrígidas). Goodyear batizou esse novo material como borracha vulcanizada, que possuía em sua estrutura química, átomos de enxofre ligados entre as cadeias dos elastômeros, produzindo o cruzamento das cadeias carbônicas, o que é comum em materiais poliméricos termorrígidos.
A partir do desenvolvimento do método de produção da borracha vulcanizada, em escala industrial, a sua utilização se ampliou rapidamente por todo o mundo. No entanto, o grande “boom” da utilização da borracha vulcanizada se deu a partir do momento em que ela foi utilizada na produção de automóveis, no final do século XIX, início do século XX.
Atualmente, a produção de borracha vulcanizada é da ordem de dezenas de bilhões de toneladas por ano. E estima-se que há uma geração de resíduos em escala de bilhões de toneladas, a cada ano. Partindo desse cenário e considerando que a borracha vulcanizada é um problema para a reciclagem (por se tratar de um polímero termorrígido) e sua degradação natural pode durar centenas ou milhares de anos, pode-se dizer que existe um problema ambiental relacionado.
Para tentar resolver o problema do excesso de resíduos de borracha vulcanizada, diversos caminhos foram tomados, tais como:
- Uso de carcaça dos artefatos para recuperação, tais como recapagem e remoldagem (aplicado principalmente à pneus de veículos pesados);
- Uso de pneus para construir barreiras em aterros sanitários;
- Uso de pneus para servir de base de formação de recifes de corais, em certas regiões do oceano;
- Uso como fonte de energia, através da queima (esse método pode emitir grandes quantidades de óxidos de enxofre na atmosfera, que são responsáveis pela geração de chuvas ácidas);
- Moagem e co-processamento do pó de borracha vulcanizada em asfaltos, artefatos de borracha e até mesmo, como substitutos de agregados em composições cimentícias;
- Desvulcanização, processo químico complexo que rompe as ligações dos átomos de enxofre, na estrutura da borracha, possibilitando o reuso da borracha.
Como é possível perceber, existem diversos meios para consumir artefatos de borracha vulcanizada, diminuindo um passivo ambiental. Existindo dezenas de empresas que prometem reciclar o resíduo de borracha vulcanizada ou dar novos usos ao material, mas custos de logísticas ou de processamento podem tornar o processo inviável. Já a Reso, com uma proposta diferenciada de gestão do resíduo de borracha vulcanizada, converte o material descartado em novos produtos para aplicações em diversos setores da indústria, sem uso de solventes orgânicos tóxicos ou processos complicados, do ponto de vista industrial e ambiental.
A proposta da Reso para o tratamento dos resíduos de borracha vulcanizada se adapta à custos baixos de logística, consumo de grandes quantidades de material e benefícios ambientais.
Para saber mais sobre nossos serviços, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em conversar com vocês.
Trackbacks & Pingbacks
[…] Fonte: Borracha vulcanizada, um polímero importante, mas de difícil descarte | Reso […]
Os comentários estão fechados.